DOCUMENTÁRIO “CIPE F.C.” RESGATA DE FORMA ARTÍSTICA E AFETIVA, UM CAPÍTULO DA HISTÓRIA DE ITAPEVI

O filme é uma parceria da produtora Casa Gaivina com o jornalista Samil Chalupe e foi
realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo

Estreia dia 1º de setembro de 2024, o documentário “CIPE F.C.”, com a primeira exibição no Teatro Municipal de Itapevi. O filme, em formato de média-metragem, conta a história de um dos principais times de futebol amador de Itapevi. A realização é uma parceria entre a produtora audiovisual Casa Gaivina e o jornalista Samil Chalupe e foi realizado com financiamento da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura.


O CIPE F.C. foi fundado dia 1º de setembro de 1933 por funcionários da fábrica de pólvora sediada em Itapevi e que dava nome ao time. A sigla significa “Companhia Industrial Paulista de Explosivos”. Com o tempo, o time se tornou independente da fábrica onde foi criado, sendo até mais longevo do que a empresa, que fechou suas portas em Itapevi alguns anos depois.
Além de ser um time de destaque nos campos da região, o CIPE F.C. também criou uma grande identificação com a população periférica e negra de Itapevi, o que também é retratado no filme. “A pólvora, o samba da torcida, a dedicação dos jogadores do futebol amador, tudo isso nós tentamos colocar no filme a partir das entrevistas, das fotos e também de animações e da identidade visual”, conta Samil.


Samil Chalupe é itapeviense e teve a ideia de fazer o documentário em 2018, assim que terminou a faculdade de jornalismo em Niterói, no Rio de Janeiro. “Eu praticamente não tinha saído de Itapevi até os 20 anos, quando fui fazer faculdade no Rio. Quando terminei a faculdade, queria fazer um trabalho que tivesse um olhar aprofundado sobre a história da minha cidade”.

Além de Samil, que assina a direção do documentário, o filme contou com Bruna Rodrigues, proprietária da Casa Gaivina, como editora; Jean Tonello como operador de câmera; Crysthian Gonçalves como roteirista e Carlos Colli como produtor. Também fazem parte da equipe Diego Bolgioni, da Incêndio Studio Design, que cuidou da identidade visual do filme e do
carioca André Britto, que fez as animações.

“Algumas coisas não são possíveis de dizer com as palavras”, diz Samil. “Esse não é um mero documentário que conta a história de algum objeto de forma burocrática. É um filme com elementos artísticos, que tentam modestamente captar a essência do CIPE F.C. pelas histórias que ouvimos”.
Nesse processo, foram realizadas em torno de 20 entrevistas e conseguidas quase cem fotos. O diretor do documentário ressalta ainda a importância da preservação da memória para a cultura. “Cultura não é só arte. Cultura é arquivologia, é jornalismo, é turismo. Tudo o que preserva a memória da cidade, que não é só o espaço geográfico, mas é o que as pessoas realizam neste lugar. A história da cidade é feita pelas pessoas”.

Confira abaixo o teaser do documentário “CIPE F.C.” !